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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Debate sobre o Futuro da Aprendizagem


Depois de acompanhar o debate dos colegas, chegamos à conclusão, que a entrada das novas tecnologias no ensino em geral, ainda está para durar, embora, se tenham feito esforços para isso acontecer, por parte das identidades educativas e por parte dos profissionais de educação. Contudo algo está a falhar, ou ser mesmo assim o processo de mudança e adequação?

Na continuidade do debate, vou tentar aproveitar as ideias dos colegas, para tentar contrapor com as minhas, de modo, a conseguir responder às perguntas propostas pelo professor.

- Qual o papel do planeamento estratégico na disseminação institucional da utilização da tecnologia em educação?

Trocando a ordem das perguntas, vou aproveitar a seguinte frase da colega Ana Marmeleiro

"Por tudo isto, reforço o que temos vindo todos a afirmar ao longo do debate: é necessária uma mudança de paradigma e não a inserção da tecnologia à força."

Compactuo plenamente com esta ideia, e aqui está o busílis da questão. Aqui, como já evidenciei noutros posts, é que está a principal e primária alteração a realizar para a entrada das novas tecnologias.

O modelo de ensino e as metodologias utilizadas na maior parte das nossas escolas, não estão adequado(as) para receber a tecnologia de informação como meio de aprendizagem.

O que está acontecer, em muitos casos, como já disseram vários colegas, convém utilizar o material existente, pois chegou à escola.

O que acontece é que este material informático na escola, não é o meio de aprendizagem, mas sim mais um a acrescentar aos existentes.

Cumpre-se as mesmas horas de aulas para os conteúdos a leccionar, que estão no programa, e insere-se numa ou noutra aula, a pesquisa, o QIM, uma aula com projecção de vídeo, PP, etc.

No meu ver, usando a minha "táctica"(na gíria futebolística), o enquadramento das TIC, (não pensando se existem ou não condições técnicas nas escolas) nos programas e currículos, começava por dividir a carga horária de cada disciplina, em metade em contexto de sala de aula, onde não haveria contacto com as TIC, e outra metade realizada sempre num ambiente de TIC. Esta poderia ser complementada com trabalho on-line em casa ou na escola.
Depois as planificações e programações destas aulas eram delineadas segundo as competências a desenvolver, nunca sendo nada estanque, embora se desenvolvesse, sempre à volta de um núcleo de estudo.

Agora surge -me outra dúvida!

Segundo o colega Marco:

"Agora que o mundo da tecnologia fala em “cloud information”, em que todos os computadores estarão interligados pela Internet para partilhar a informação - a “grande nuvem” estará acessível a todos a partir de qualquer lugar –, nem será preciso transportarmos sempre connosco o computador portátil para acedermos ao arquivo pessoal. "

Então perante esta informação sem limites, a "cloud information", e com a introdução das TIC, como definiremos os currículos.

Deixam de existir?
Deixaremos de ter uma linha orientadora de aprendizagem para atingirmos um certo fim?
Será que poderemos oferecer na escola o conhecimento sem limites.
Teremos organização para isso?
Interessa que o alunos saibam mais e mais, sem um objectivo ?

Ou seja, no meu ver surgirá um problema a nível institucional, para quem quiser alterar o paradigma da educação actual, que é o que se pretende aprender.

O ser pleno com acesso a informação constante? Ou o ser autónomo e preparado para o mundo do trabalho, com formação adequada para atingir certos fins?

É muito complicado, pois pelos amantes da informação on-line, tudo se aprende na net, mas isso acontece quando? Quando o ser está apto e formado para isso.
E onde se forma esse ser? Na escola. Será que não precisa de ir à escola? Com acesso a um PC em casa o ser atinge o ser perfeito com a utilização da net no seu dia-à-dia? Huum. Muito se pode escrever sobre isto.


Para a introdução das TIC como meio de aprendizagem estrutural e não periférico, como é actualmente, o governo só tem de fazer uma coisa. Impor e por em prática, como impôs a nova taxa do IVA, ou outra alteração qualquer.
Ou então, como o Marcelo Rebelo de Sousa poderia dizer:
O Governo pretende... Mas não consegue...

- Quais serão, afinal, as tecnologias mais interessantes para o desenvolvimento das potencialidades da aprendizagem?

Em questão de tecnologias, temos vários problemas, como colegas, já enunciam, o custo, a falta de verbas, a escassez e o desgaste dos mesmo.
Contudo isto não pode ser, mas é, o problema para a introdução das TIC nas aprendizagens, por isso, retiro este parágrafo do colega Jorge:
"Parece-me que a atitude sensata a tomar, neste aspecto, será tentar fazer a melhor omeleta possível com os ovos de que dispomos, ao invés de exigir continuamente mais ovos, uma melhor frigideira ou um fogão mais recente. "
Contudo a tecnologia não para de evoluir, pois o interesse económico é muito à volta desta questão. É impossível actualizar softwares e hardwares anualmente nas escolas, por isso tem que ser delineada uma estratégia política, uniforme e pensada a longo, prazo para tentar colmatar este problema.

- Como se deve desenvolver a preparação dos estudantes e professores para a boa e eficaz utilização da tecnologia?

Neste caso, ainda há muito a mudar, pois o paradigma anterior não mudou. As formações das novas tecnologias ainda não estão a ter, no meu ver( âmbito geral) aquela finalidade pretendida, pois é mais uma formação onde vou aprender algo novo, mas que poderei ou não utilizar nas minhas aulas. A escolha é minha. Ou seja, na minha opinião, bastante sincera, TIC's ainda não fazem parte da essência das metodologias escolares.

Outro pormenor, que alguns colegas falam é na constante formação e actualização. Para isso, destaco este parágrafo da colega da Marina:

Segundo creio esta preparação para existir implica um processo constante e evolutivo de formação…tal como a tecnologia está sempre a evoluir, e nós sabemos como os nossos alunos gostam da “novidade”, creio que é necessário um update permanente para que os professores e os alunos possam tirar o máximo partido do equipamento que estão a usar. Caso esta actualização não aconteça ficarão presos no tempo e a evolução passará ao lado… as aulas cairão no tradicional e a motivação começará a desaparecer! Claro está que, para haver esta formação continua, é imprescindível a existência de verbas e nos tempos difíceis que corremos... e está tudo muito complicado com os cortes que todos temos conhecimento e os que virão ainda!...

Concordo plenamente com ele, mas em defesa dos professores e das suas vidas como homens que cresce, vivem e morrem, questiono:

Será que durante o nosso tempo de vida útil para esta profissão, conseguiremos ou teremos capacidade para constantes actualizações? Teremos sempre esta vontade ao longo da vida de mudar o que fazemos? Ou teremos nas nossas vidas uma certa altura em que possuímos uma certa apetência para novidades?
Não sei, peço a opinião dos colegas?
Para a formação dos alunos, penso que se um professor tiver vontade e formação para isso, conseguirá que os alunos consigam adaptar-se às novas tecnologias.

Contudo, como na aprendizagem da leitura e escrita, existe aquele pré-estimulação que é feita em casa e no meio onde o aluno vive que lhe permite adaptar à leitura e escrita. Entretanto há aqueles que têm dificuldades nessa adaptação.
Nas TIC, irá ocorrer o mesmo, na minha opinião. Quem tiver em casa uma adaptação as estas tecnologias terá alguma vantagem sobre os que a não têm.
E aqueles alunos que não se adaptem a estas metodologias métodos, o que lhe fazemos?
Bem, podemos dizer o contrário sobre a actualidade.

Mas também passa por isto:

Daí ser importante que professores, alunos e encarregados de educação colaborem juntos – se quisermos, em “rede” - na elaboração dessa estratégia.
Marco Freitas

Para acabar, destaco o parágrafo da colega Marina:

"É necessário reflectir e procurar melhorar o que temos, tendo sempre em mente o futuro e o que este nos pode trazer… pois há tanto para fazer e tanta coisa passível de ser melhorada…é preciso pois, reflectir e encontrar caminhos de possibilidades estratégicas de modo a tirar o máximo partido do uso da tecnologia em contextos educacionais.

P.S.:Colegas, não pude reflectir sobre todas as postagens, mas são todas pertinentes

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